Não tem para onde escapar, o jeito é rir do infortúnio, xingar até a última geração do engenheiro que planejou executar a obra exatamente naquela data da sua viagem e tirar as fotos com o guindaste mesmo. A expectativa era eu e a Pirâmide do Louvre numa foto a cara da riqueza, mas a realidade da foto foi a Pirâmide, eu e o guindaste.
O mais triste de tudo foi perceber anos mais tarde, que isso acontece praticamente em toda viagem. Não importa o continente, o país, ou a cidade, a maldição do guindaste ataca e eles estão sempre lá em algum lugar importante o suficiente para destruir uma foto de viagem dos sonhos. E foi com esse triste episódio que me dei conta que a MALDIÇÃO DOS GUINDASTES é real e me acompanha a anos.
Recapitulando na memória, acho que tudo começou em 2013 numa viagem pela costa leste dos Estados Unidos. Sempre fui doida para conhecer Washington e passar por todos aqueles lugares históricos, os monumentos em mármore, as cerejeiras na primavera, a Casa Branca. Mas imagine só a minha cara ao chegar lá e ver o obelisco passando por uma revitalização? Melou totalmente a minha foto no espelho da água. Até aí tudo bem, poderia ser um simples azar.
No mesmo ano fui com a Fernanda para Orlando. E pasmem, mais uma vez ele estava lá, gigante, terrível e implacável bem no meio do castelo da Cinderela. A gente riu do nosso azar, tiramos as fotos mesmo assim depois voltamos para casa com a foto, nós, o Castelo e o Guindaste (de vários ângulos por sinal).